9.3.10

DO SABEDOR DE ARQUIPÉLAGOS


Vivia mergulho nos haveres
auscultando mágoas
afeiçoando o dia
em recurso singular
feito invento de durar
como é.


- Vem, hoje me falta sol!
- Aqui, pareço sem absoluto!
- Que doce sua mão...


Esses dias enfileirando as ilhas
no tempo de apuro e utopia
que constrói gente
alça sonhos
com barcos de maria
velas de josé
e singra como é
distinto.
_________________________
poema para o médico de família e comunidade com moradia original em: 
www.sbmfc.org.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&PaginaId=12&acao=MostraCultura&culturaId=3

9 comentários:

Vitor Aratanha disse...

Muito bom o poema Célio! sempre com pitadas nevrálgicas que atingem o didentro... valeu demais por ocasionar um sorriso! forte abraço!

Unknown disse...

Tens o Dom Professor =)

Danucy C. Sant'Anna disse...

Adorei o BLOG... obrigada pelo convite. Abraços!

Andréia de Andrade disse...

Adorei!!! Sem dúvida, você já entrou em milha lista de favoritos.
Parabéns!!! Abraços. Andréia

Unknown disse...

Só compreende o amor que já o sentiu... Só compreende ou sabe de arquipélagos que já se sentiu uma ilha. E quem já não se sentiu quando ao mesmo tempo sentiu o amor? Quantas vezes estamos aparentemente sozinhos, mas sentimos no ar a presença do ser amado que nos abraça e acolhe em seus braços... outras vezes estamos cercados de pesoas, mas sentimos que estamos sozinhos, olhamos e precebemos um deserto, ou um mar por todos os lados, que nos desespera, pois não conseguimos nada visualizar. Assim há ilhas aparente e ilhas incobertas... só o coração sabe e sente toda a verdade. Linda essência poética intrinseca em teus versos. Adorei! Escreva sempre!

Zignon Zwychess disse...

anda se superando, né?

Múcio Breckenfeld

Unknown disse...

Mascarei isso aqui mais vezes.

Maria Helena disse...

Obrigada pelos momentos oportunizados pela sua poesia, nem sempre de reflexão, mas sempre de grande beleza!
Abraços Dr. Célio

Adriane BMS disse...

Que lindo! Pensei - não sei se foi o que pensou - em nós, médicos de Família e Comunidade, sabendo arquipélagos - as famílias e as comunidades! - que todos somos, pessoas, tantas vezes ilhas porém também parte de um lindo conjunto - pensei no que conheço mais, Angra dos Reis! Enfim, pensei em consultas com pessoas falando - que mão quentinha a sua, dra. Adriane! - , pensei nas filas e nossa necessidade, dor, medo, tensão, solidariedade em atendê-las, desfazê-las, humanizá-las...
Obrigada pela poesia, Célio!
Fez-me também lembrar-me da minha adolescência lendo e tentando entender minha irmã querida e poeta, hoje doutora em literatura, mas um pouco distante de mim, morando em outra cidade - caramba, nunca pensei que teria saudades da minha adolescência!! hehe... valeu!!
bjssssssssss!!
;)