3.12.09

VILA COVALESCENÇA



As dobras das tardes

invadindo os hábitos

das calçadas viventes

feito tarefa de moça

a ocultar-se.



Sobras de olhar

e mãos desprovidas

cadeira sem espaldar

conversas dormidas.



Tomo posse da vista

para o benefício da comoção

posto que sou encarregado

em bocados de portos.

10 comentários:

Lu disse...

Supreendente poema! Muito lindo o que você transmite...

nydia bonetti disse...

Como sempre, perfeito, Célio. Gosto demais das imagens da tua poesia. Abraço!

Lu disse...

Vim cá de novo ler "Vila Covalescença"...Seus poemas transporta,a gente lê e a imagem vai se construindo aqui dentro...

Unknown disse...

Célio, você é o poeta, adoro adorei.
Ana Paula

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Seus poemas nos fazem flutuar!
Você tem inspiração divina...
Parabéns!

Juliane disse...

Mascarei por aqui mais vezes. Prometo.

blog do gallo disse...

Semiótica
deslizando
sobre as pedras
de portos
tão distantes...
muito bom

Sonya disse...

Difícil comentar a poesia de Célio Pedreira... Diz tanto em tão poucas palavras e de foma tão suave, tão sutil, que a gente lê e teme que o comentário quebre o encantamento produzido pela leitura... Talvez porisso que eu, sendo sua fã e leitora assídua, seja tão em raro, comentarista... O Célio Pedreira é um dos nossos Grandes Poetas! Quem viver,verá!...

Luiz disse...

grande célio, parabéns pelas poesias e pelo blog! certamente, o que há de melhor em literatura no tocantins! abraço,